09
maio
12

Envelhescer com saúde?

Claro que é muito importante ter saúde, mas saúde só não basta. Eu diria até que se uma pessoa não tem mais a saúde que tinha na juventude, irá se preocupar principalmente com ela, mas se já tem saúde suas preocupações serão outras.

Na adolescência temos nossa turminha, vários amigos com os quais saímos, conversamos, trocamos ideias. Quando estamos na idade adulta frequentemente temos colegas de serviço, casais amigos, colegas de faculdade.

Então quando chegamos à terceira idade, esperamos continuar nosso círculo, mas isso nem sempre acontece. Além da redução do círculo de amigos, não é sempre que filhos e netos se dispõem a conversar conosco, muitos que alcançam essa idade percebem que já não são ouvidos como antigamente, que já não são levados tão a sério.

Uma de nossas maiores necessidades então é ter com quem partilhar ideias, preocupações, experiências. Já não temos tantas pessoas para “bater papo”, e as poucas que nos restam ou estão preocupadas com seus problemas de saúde (de nossa idade) ou estão às voltas com suas vidas profissionais e pessoais e não querem “perder tempo” nos ouvindo.

Eu acredito que um lado muito importante – frequentemente esquecido – é nossa vida social. Temos que ter amigos, que sair para passear, que ver filmes, ler livros e conversar, conversar muito!

Se não exercitamos nossa vida social ela vai se extinguindo até desaparecer, e o ser humano é um ser social. Sentimos muita falta do contato com outros seres humanos.

Se não temos em nossa família quem converse conosco, podemos procurar em outros locais:

  • cursos de artesanato
  • academia de ginástica
  • clube
  • piscina

Podemos também voltar a estudar, fazer cursos e trabalho voluntário. Nesse caso, além de encontrar outras pessoas com os mesmos interesses que nós, também nos sentiremos úteis e faremos algo que ajudará também a outras pessoas.

Não adianta ficar reclamando que ninguém lhe dá atenção. Que tal fazer alguma coisa para mudar isso ainda hoje?

31
dez
11

Os números de 2011 – Envelhescência

Desejo a todos os leitores um feliz ano novo!

Os duendes de estatísticas do WordPress.com prepararam um relatório para o ano de 2011 deste blog.

Aqui está um resumo:

Um comboio do metrô de Nova Iorque transporta 1.200 pessoas. Este blog foi visitado cerca de 3.900 vezes em 2011. Se fosse um comboio, eram precisas 3 viagens para que toda gente o visitasse.

Clique aqui para ver o relatório completo

27
dez
11

Tecnologia assusta

idosos-computador-grandeInfelizmente “no nosso tempo” não havia internet, TV full HD, TV a cabo, smartphone. E eu digo infelizmente porque a vida ficou muito mais fácil e divertida com o advento dessas geringonças virem a fazer parte de nossas vidas.

As pessoas da minha idade (tenho 54) costumam mostrar-se saudosas “do nosso tempo”, mas eu não tenho saudade nenhuma do tempo em que eu tinha que tomar banho, me arrumar, ir para a telefônica da cidade, solicitar interurbano, esperar horas até a telefonista completar e depois pagar os tubos por uma ligação em que eu não tinha ouvido praticamente nada.

Não tenho saudade de chacoalhar por horas dentro de uma jardineira com bancos de madeira em estradas sem asfalto e que só apareciam uma vez por dia na cidade.

Não tenho saudade de quando uma enchente me deixava presa no trânsito sem ter como ir pra casa antes das 2 da manhã e a única forma de avisar em casa o que estava acontecendo era enviar um pombo correio. Quem sabe tambor, fumaça ou código morse resolvessem?

Apesar de ter nascido bem no começo da segunda metade do século passado, eu e a tecnologia vamos muito bem, obrigada. Eu aproveito tudo de bom que ela pode me proporcionar. Eu não tenho medo de aprender. Eu não me escondo atrás de minha idade pra dizer que “não sei mexer nisso”. Eu vou lá e aprendo.

Não existe nenhuma lei da natureza, religiosa ou criada pelo homem que impeça uma pessoa “idosa” de aprender o que quer que seja. A prima de meu pai tem 80 anos e está fazendo doutorado. Acho doutorado chique, no caso dela acho podre de chique.

Os adolescentes acomodados de hoje que dizem que não fizeram lição de casa “porque não deu tempo” (como se tivessem alguma coisa pra fazer) quando tiverem 50 vão dizer que não fazem o que poderiam fazer “porque estão velhos demais”.

Quando estamos “velhos demais”, o Criador em sua infinita sabedoria nos chama para o andar de cima. Se ainda estamos aqui é porque ainda temos coisas para fazer e realizar. Cruzando os braços e esperando que os outros façam por nós não poderemos depois reclamar se nos tratarem como parte da mobília ou “peso morto”.

Em minha opinião quando o homem para de aprender, já começa a morrer.

Zailda Coirano

Website ǀ SOS Idiomas ǀ Facebook ǀ Twitter ǀ Web rádio (em breve)

13
jul
11

dieta e Qualidade de vida

dietaqualidade

Defendo a ideia de que não é pelo fato de estar na “terceira idade” que as pessoas (eu, mais especificamente) precisam conformar-se em viver pela metade. Tudo o que sempre fizemos podemos continuar fazendo, e o fato de termos já muitos “janeiros” não significa que tenhamos que abrir mão de coisas que gostamos.

Mas também é verdade que é necessário preservar mente, corpo e espírito porque não basta apenas “viver”. Meu lema sempre foi viver com qualidade de vida.

Pensando nisso iniciarei essa semana uma batalha que venho adiando há muito tempo, com variadas desculpas (é, a gente sempre inventa uma para protelar o que tem preguiça de fazer): vou começar uma dieta.

Mas não vai ser apenas uma dieta, do tipo “comer menos”. Vou também mudar velhos hábitos, condicionando-me a “comer certo” e abandonar o sedentarismo. Será um verdadeiro “programa” para atingir condicionamento fisico, livrar-me das doenças provocadas pela inatividade e excesso de peso.

Claro que também há o fator “autoestima”. Quanto mais a gente se cuida, mais a gente se gosta, e vice-versa.

Se você quiser acompanhar o meu calvário esforço, eu o convido a visitar o blog que criei especialmente para compartilhar essa experiência que será nova em minha vida. Até os 48 anos eu mantive mais ou menos o mesmo peso (perfeito para minha altura e idade) mas depois disso, devido à menopausa, comecei a engordar e não dei bola pra isso.

O blog é o Dieta com Qualidade de Vida, e se quiser acompanhar-me nessa empreitada será um prazer compartilhar experiências, já que tudo que é feito em grupo obtém um resultado melhor.

Visite o blog: Dieta com Qualidade de Vida e vamos nos ajudar a conseguir esse objetivo.

assinatura fundo preto peq

21
mar
11

Você gosta de ser chamado de “velho”?

11e_terceira-idade_gEu não gosto. Nem mesmo de “terceira idade”. Acho que “velho” é algum objeto que compramos e depois de algum tempo deixamos jogado num canto porque já está desbotado, sujo e não tem muita serventia. Com gente é diferente, não ficamos “velhos”, ficamos experientes.

E podemos ajudar com nossa experiência, não podemos? Então não somos imprestáveis, e nem objetos, então não podemos nos conformar em sermos taxados de velhos.

O que determina nossa velhice é nossa cabeça. Conheço muita gente de 20 anos que já parou no tempo, está cansada de viver, procurando um barranco para se encostar. Eles são velhos, não sabem viver a vida, não sentem prazer em nada, só sabem se queixar. Mas nós temos idade e nem por isso estamos velhos ou acabados.

Não importa quantos anos a gente tem, o importante é continuar vivendo, produzindo, sendo feliz. O dia em que a gente para de sentir prazer, de produzir e começa a se queixar de tudo é porque paramos no tempo. Quando paramos, começamos a morrer. E aí ficamos verdadeiramente velhos.

assinatura clara

17
jan
11

Grupo de Terceira idade

Percebi que várias pessoas tentam fazer contato pelos comentários do blog e imaginei então que a maneira mais fácil de fazer isso seria criando um grupo onde poderíamos conversar e trocar ideias sobre problemas comuns. Que lugar seria melhor que um “Grupo Google”?

Está feito, estão todos convidados a participar, lá poderemos conversar e conhecer pessoas de nossa idade, em plena adolescência emocional e espiritual.

Segue o endereço, visite e solicite sua inscrição:

http://groups.google.com/group/envelhescencia

Aguardo vocês lá!

Zailda Coirano

07
out
08

Namoro na terceira idade

obrigada por me mandar esta mensagem. com certeza tem muitas mulheres iguais a mim…na mesma situação….
me sinto perdida e desiludida.as vezes penso que amar de novo nao é realmente pra mim…tenho tanto medo.
gostaria de me arrumar melhor,me vestir pra agradar alguem que não eu.sair mais, ter novos amigos.enfim viver o restinho da vida do geito melhor.
mais como? nos bailes de terceira idade a maioria é casado e vai escondido das mulheres….sou viuva e tenho a maior dificuldade até em pensar num relacionamento.
pensei procurar ajudar de um psicologo…que nao ria de mim. é dificil eu sei.
MAIS É ISSO.
se aparecer um candidato vou criar coragem….o negocio é aparecer….
UM ABRAÇO E OBRIGADA!

Com certeza há muitas pessoas na mesma situação que você, mas acho que a gente só pode dar amor se sentir amor por si mesmo primeiro, ou seja: comece fazendo as coisas que gosta e sinta o prazer que elas dão. Coisas esquecidas há muito tempo, como passear no parque, uma caminhada ao cair da tarde. Quando você está em paz e de bem consigo mesma isso transparece em seu rosto e as pessoas naturalmente se aproximam.

A primeira coisa para arrumar um namorado é não pensar só nisso, ou seja, não ver cada homem como um possível candidato. Dê-se ao luxo de usufruir da companhia masculina, os homens são bons companheiros, bons de papo, engraçados. Converse, conheça melhor. Faça amigos. Se um homem puxar papo na fila do banco, leve adiante. Ao final da conversa, se gostou, não diga apenas “tchau”, pegue na mão da pessoa e olhe nos olhos, diga sinceramente: “gostei de conhecer você”.

Relaxe, curta o mundo à sua volta, vá ao cinema, ao shopping. Fale com as pessoas. Olhe as pessoas na rua, em seus rostos. Sorria e cumprimente mesmo os estranhos. Agradeça as pequenas gentilezas. Construa pontes para que as pessoas consigam aproximar-se, e não muros para que se afastem.

Esqueça o medo e a insegurança, ninguém tem nada com sua vida e se a julgarem não fará a menor diferença para você. Faça o que gosta e procure o que lhe faz falta. E aguarde. Pense positivo, em breve tenho certeza que a pessoa que procura aparecerá. Esteja atenta e disposta a recebê-lo de braços e coração aberto.

Boa sorte, amiga.

(Zailda Coirano)

07
out
08

Como amar sem se sentir ridículo na terceira idade?

SOU MUITO TIMIDA E AINDA ROMANTICA ,APESAR DE TUDO QUE SOFRI…..
GOSTARIA DE ENCONTRAR UM NAMORADO. COMO FRAZER ISSO SEM ME TORNAR RIDICULA?TENHO 62 ANOS E MORO EM RECIFE -PE

Não há nada de ridículo em querer amar, em querer ter alguém ao seu lado e com essa pessoa reconstruir sua vida, ter um companheiro, viver bons momentos ao lado dessa pessoa. A vida não começa nem termina aos 40, enquanto estivermos vivos temos o direito de usufruir de tudo aquilo que a vida possa nos proporcionar.

Os jovens não têm mais direito à felicidade que nós, se formos analisar bem, depois de uma vida toda dedicada ao trabalho temos o direito de gozar merecidamente nossa vida, dedicando-nos exclusivamente a conquistar a paz, o amor, a realização pessoal que talvez não tenhamos tido tempo de alcançar antes, ocupados que estávamos em criar filhos, ou dedicando-nos a uma carreira profissional.

Seja pelo motivo que for, muitos de nós só na terceira idade é que podem dar-se ao luxo de pensar mais em si mesmos, então por que não? Que eu saiba não existe nenhuma lei que impeça o ser humano de ser feliz, nem existe nenhum limite de idade para isso. Portanto, querida leitora de Recife, nunca é tarde para ser feliz. O que está esperando? Corra em busca de sua felicidade. Ridículo é matar, roubar e enganar os outros. Ser feliz e ter essa disposição é sinal que você ainda está bem viva e que tem um coração capaz de dar e receber amor. Vá em frente, dou a maior força. E não se esqueça de enviar os convites para a festa de casamento, ok?

Zailda Coirano

28
ago
08

Caminhando para o futuro

Caminhar é um dos exercícios mais agradáveis e que a maioria das pessoas mesmo em idade avançada está apta a fazer. Quando fico muito tempo sem caminhar regularmente logo sinto a diferença: dificuldade ao levantar, dores nas juntas e músculos. É só começar a caminhar regularmente de novo que em uma semana no máximo tudo desaparece e me sinto pelo menos 10 anos mais nova.

E o ato de caminhar é agradável, vemos coisas, lugares e gente nova, prestamos atenção a coisas e pessoas que passariam desapercebidas se estivéssemos de carro ou ônibus. E nem precisa “ter tempo” para caminhar: é só ir ao supermercado do outro bairro, à igreja que fica umas quadras adiante, em vez de tomar o carro ou ir à que está mais próxima.

Não importa para onde você vá, sempre que for possível, saia de casa 15 minutos mais cedo e vá caminhando. Sua saúde agradece.

(zailda coirano)

22
jul
08

Quando estamos prontos para ser pais?

Normalmente escolhemos construir nossa família quando ainda somos jovens, na casa dos 20 ou 30, e eu própria escolhi assim. Dizem os médicos que é quando nosso corpo está melhor preparado para a maternidade, sendo menores os riscos na gravidez, e gerando bebês mais saudáveis.

Do ponto-de-vista puramente biológico pode até ser, mas é também nessa fase da vida que estamos consolidando nossas carreiras, é quando nos dedicamos mais à nossa vida profissional que à pessoal. Não temos muito tempo para os filhos, e freqüentemente as exigências em múltiplos setores de nossa vida nos deixam estressados, e portanto com menos paciência. Portanto, dos 20 aos 30 normalmente não temos tempo, paciência e nem dinheiro suficiente para proporcionar aos filhos tudo aquilo que seria possível se deixássemos a maternidade para mais tarde.

Na faixa dos 20 aos 30 também estamos às voltas com questões de foro íntimo, nos falta maturidade e nem solidificamos ainda nossas crenças mais profundas. Ainda não sabemos ao certo quem somos e o que esperamos realizar nessa vida. Ter filhos nessa fase é como entregar passageiros a um motorista que ainda não conhece o caminho nem tem tempo de aprendê-lo.

Acredito que só depois dos 40 temos maturidade e calma suficiente para nos dedicarmos à criação de um filho. Também é normal que tenhamos a essa altura da vida uma carreira estável, tendo portanto mais condições de dar aos filhos uma vida mais confortável.

Infelizmente a natureza anda na contra-mão da lógica e a partir dos 40 a primeira gestação é considerada de risco e é bem maior o número de crianças com problemas genéticos em virtude do envelhecimento dos óvulos maternos. Cabe a cada um pesar os prós e contras e tomar sua decisão. Se eu fosse tomar essa decisão novamente, com certeza só teria filhos depois dos 40.

Sabiamente porém a natureza nos coloca aos 50 na menopausa, incapazes de engravidar, e nessa idade eu realmente sinto vontade de tudo, menos de ter um bebê berrando e solicitando atenção. Não tenho mais paciência para dedicar-me a uma criança por longos períodos. Acho que a natureza me prepara para ser avó, poderei dar a meus netos poucas horas de atenção, mas com a qualidade que só a experiência e o tempo nos dão.

(zailda coirano)




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